terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil 2 x 1 Coréia do Norte


Elano

Tudo bem, vamos entender a comemoração no fim da partida em que o Brasil, pentacampeão mundial, venceu uma partida sofrida contra a Coréia do Norte, dona do nem um pouco valorizado 106º lugar no Ranking da Fifa. Elano exibia o sorriso envaidecido por ter marcado o segundo gol. Felipe Mello procurava as câmeras de tv para exultar seu sentimento de dever cumprido. Abraços, tapinhas, “give me five”… Repito: vamos compreender aquele momento de alívio. Tropeçar seria muito pior do que vencer, apesar de jogar mal, na estréia. Dunga, porém, saiu rápido após o apito final de Victor Kassai. Ele sabe que seu time não foi bem. E que, a partir de agora, muito mais importante do que festejar, é hora de entender os erros, refletir mudanças e rever a postura.

Maicon

Não haverá mais norte-coreanos aplicados no caminho do Brasil. Saem da rota da felicidade os rapazes de Kim Jong Hun e passam a surgir como fantasmas o talento de Drogba e Cristiano Ronaldo, o dinamismo de Raul Meirelles e a liderança misturada à cara de poucos amigos de Ricardo Carvalho e Demel. Costa do Marfim e Portugal. Se o Brasil jogar contra eles como no primeiro tempo da noite mais gelada da Copa, no Ellis Park, viveremos um Deus nos acuda sufocante. Montanha-russa (ou roleta russa). Se a postura for a do segundo tempo, quando a equipe cresceu, saiu do atoleiro, passou a se movimentar e a correr mais, nossas chances crescerão. E agora? Que Brasil teremos domingo, no Soccer City, contra os africanos? O que nos espera?


Por Lédio Carmona

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